Este
novo ciclo
autárquico começou antes de começar. Isto é, antes das eleições. Foi como que algo "precoce"... na certeza da vitória. E com essa certeza, foi vedado o Largo Junto ao INESLA e se começaram obras que agora decorrem em pleno, estando na fase final.
Grândola precisa de algo que nos distraia na contemplação diária dos desempregados que cada vez são mais. Nisso estamos de acordo. Já que não se consegue arranjar trabalhinho para ninguém, então que se mude a paisagem urbana de modo a cortar a monotonia. Não seria era necessário arrancar árvores recém-plantadas que estavam em pleno desenvolvimento agora. Regatos cantantes dão frescura no Verão, mas não enchem barriga, seria para "inglês ver", mas nem esses já por cá param. Foi uma obra precoce e um tanto misteriosa.
Outra grande inovação, não desmerecendo a população da Aldeia da Justa, foi a instalação de semáforos moderadores da velocidade. É um sinal de progresso. Mas... e a vila? Não precisamos de semáforos no caos do trânsito de final de dia, vulgo "hora de ponta"? Já se apresentaram estatísticas de peões atropelados nas passadeiras? Como se modera a velocidade de entrada dos veículos que entram em Grândola vindos da direcção de Lisboa? Ali não há passadeiras, bandas sonoras, nem... semáforos! Em dias de mercado mensal cria-se no local o "triângulo das bermudas": de um lado bombas de gasolina, do outro o mercado e agora ao centro, o novo Lidl. Não merecia também uma obrazita de último dia como o arrancar das árvores? Mas nem toda a gente anda a pé e os velhotes que são atropelados não contam para nada. Este Novo Ciclo parte II mais parece a saga do Allien.
Para não nos alongarmos muito em "má língua" ressabiada (porque somos não-eleitos e até incompetentes) abrimos aqui uma nota de boas vindas à nova Presidente da Junta de Freguesia, desejando que desempenhe da melhor forma o seu novo cargo. O chato destas coisas é que uma pessoa antes de tomar posse vai à Junta e os funcionarios cumprimentam como devem cumprimentar o novo Presidente por empossar e são logo taxados. Ou é a Presidente taxada como déspota, ditadora ou coisa que valha.Nunca há "bela sem senão", nem os santos da casa fazem milagres!Por falar em milagres, deixamos uma questão à nova Presidente: para quando as auditorias e para quando os resultados das mesmas apresentados publicamente?
Deste modo e na sequência, nos despedimos do cessante Presidente, desejando-lhe a continuação de uma vida política cheia de sucessos.
Para terminar, uma nota de conduta social e cidadania que nos deixou perplexos: Porque terá sido impedida de frequentar o Café Pica-Pau, a Paula Chinita?
Trazemos este assunto a lume, não porque nos deu na cabeça, mas por ser um caso social bem triste visto que se trata de uma pessoa precocemente orfã, doente quer física, quer psicológicamente, porém não é um perigo para a sociedade, antes pelo contrário, a boa sociedade grandolense tudo fez para a ostracizar. Não esqueçamos que a Paula Chinita durante muito tempo, abandonada por todos dormiu nos bancos do jardim perante o olhar indiferente da sociedade, autoridades e segurança social de Grândola e da pouca família que lhe resta. Está neste momento a cargo da Segurança Social e merece ser reintegrada na sociedade, contudo o que se passa é ser "corrida" de estabelecimentos públicos como se fosse o Anti-Cristo. Será por ser filha da poetiza Ivone Chinita? Haja mais consciência social e menos hipocrisia!
Nós não compactuamos com este naipe de aitudes de "caridadezinha" nem compreendemos como pode um estabelecimento público sem Direito de Admissão colocar alguém na rua arbitrariamente (sujeitando-se no entanto a aturar pessoas embriagadas e arruaceiras, coisa que pobre Paula nunca foi nem é).
Grandolenses, nunca se sabe quando e que tipo de azar nos pode bater à porta. Nunca inchemos o peito a dizer que estamos bem. Tudo na vida é passageiro.
Esta 2ª parte do Ciclo começou mal e o que nasce torto...
A C. Coordenadora do Bloco de Esquerda em Grândola